Uma das frases prontas do futebol diz que o "se" não existe. Mas, digamos que ele existisse e, a partir disso, abrimos um precedente para imaginar uma realidade paralela. Em uma delas, GaúchaZH resolveu projetar como seria se, ao invés de acertar com o Flamengo, Ronaldinho tivesse voltado ao Grêmio em 2011.
Além do então presidente gremista, Paulo Odone, dirigentes palmeirenses e flamenguistas abriram negociações com Roberto de Assis Moreira, irmão e empresário do atleta, e com o Milan, clube em que Ronaldinho atuava. Porém, 10 anos depois de sua saída conturbada rumo ao PSG, quando não deixou um único tostão nos cofres tricolores, o meia teve a chance de reatar sua relação com o clube gaúcho. Assim, diante de milhares de torcedores presentes no Estádio Olímpico, ele teve seu nome anunciado por caixas de som e voltou a vestir a camisa do Grêmio no dia 10 de janeiro.
O Grêmio vinha embalado pela campanha de recuperação do ano anterior quando, comandado pelo ídolo Renato Portaluppi, deixou a zona de rebaixamento do Brasileirão para chegar à classificação para a Libertadores. Com a ida de Jonas para o Valencia, Ronaldinho herdaria naturalmente uma vaga no ataque ao lado de André Lima, já que no meio-campo havia Douglas. Por consequência, Carlos Alberto jamais teria vindo para Porto Alegre.
Tendo por base as atuações do jogador em sua primeira temporada de Flamengo, 2011 tinha tudo para ser um bom ano para o Tricolor. Com ele, por exemplo, o Rubro-Negro conquistou o Campeonato Carioca de forma invicta. Ou seja, o Grêmio poderia ter sido o campeão gaúcho daquele ano, derrotando o Inter de Falcão no Olímpico na grande final. Isso não quer dizer, no entanto, que a equipe poderia ter tido melhor sorte em Libertadores e Brasileirão. Assim como os flamenguistas foram eliminados nas oitavas de final da Copa Sul-Americana com uma goleada para a Universidad de Chile e caíram nas quartas de final da Copa do Brasil para o Ceará, o Grêmio poderia até mesmo superar a Universidad Católica, mas dificilmente evitaria que o Santos de Neymar erguesse a taça continental.
O grande problema seria a próxima temporada. O casamento com o Flamengo, por exemplo, durou apenas um ano e cinco meses, encerrando com o ingresso do jogador na Justiça, cobrando uma dívida de R$ 40 milhões. No Fluminense, então, foram apenas nove jogos, sem nenhum gol ou assistência. O desfecho poderia ser igualmente trágico em Porto Alegre.
Ou, então, no melhor dos cenários, poderia ter alcançado o mesmo sucesso obtido com a camisa do Atlético-MG. Em Belo Horizonte, Ronaldinho foi campeão da Libertadores de 2013. Se conseguisse repetir o feito em Porto Alegre, além de encerrar o jejum de títulos do seu clube de origem, poderia conquistar a América no primeiro ano de Arena.
Por que fizemos esta matéria?
Entrando no clima da virada para 2020, GaúchaZH resolveu brincar com o improvável. Sempre admitindo que o "se" não existe no futebol, ou na vida, exercitamos a imaginação para relembrar momentos históricos do futebol neste século. São 10 episódios, logicamente não verdadeiros, que retratam os fatos com um desfecho diferente. A lista envolve principalmente a dupla Gre-Nal.
Quais os cuidados que tomamos para sermos justos?
No tratamento a Grêmio e Inter, tomamos o cuidado para sermos igualitários. São oito acontecimentos ocorridos desde o ano 2000 com os dois clubes, divididos em dois grupos, quatro relembrando momentos dos colorados e quatro dos gremistas. As abordagens sempre buscam referências em fatores que realmente poderiam ter mudado a realidade.